sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

QUAIS SÃO OS TIPOS E MARCAS DE PANDEIRO .

Agora vamos conhecer alguns tipos e marcas de pandeiro espero que vocês gostem ...


Pandeiro é o tipo de instrumento que todos conhecem, pelo menos de vista, ou quando ouvem um. É a essência dos instrumentos de samba, representando de forma exemplar o processo de reinvenção brasileira dos instrumentos tradicionais trazidos pelos portugueses.
Um pandeiro, nas mãos de um bom pandeirista, é capaz de produzir diversos timbres diferentes: a pancada com o polegar, as diversas pancadas e estaladas com os dedos na pele, as “caricas”, enfim.

Engana-se quem acha o pandeiro um instrumento de fácil domínio, alías, por haver tanta variedade de sons, e tantas formas de tocar, torna-se também um dos instrumentos mais difíceis, senão mesmo o mais difícil, dos instrumentos de samba. Para dominá-lo são precisos anos, e uma prática constante, descobrindo o pandeiro à maneira pessoal de cada um, pois as suas possibilidades são infindáveis.
Apesar do título do artigo ser: Quais são os tipos de pandeiro? Antes de qualquer coisa vamos entender quais são as partes de um pandeiro.

Quais são as partes de um pandeiro ?
Aro-em aço inoxidável  escovado


  • Pele – Convencionalmente em pele selecionada de cabra. Há variações com acrílico e fórmica, sendo transparentes, leitosos ou holográficos.
  • Conjunto do esticador – Peças de aço e de latão, cromadas ou niqueladas: tirante, anel, porca, mesa, parafuso de fixação da mesa e arruela.
  • Platinelas ou Soalhas – Placas abauladas de metal, de diversos diâmetros, prensadas a 15 toneladas, cromadas ou niqueladas, em latão ou bronze fosforoso.
  • Abafador – Chapa plana fina de latão, colocada entre as platinelas.
  • Acessórios – Chave para afinação, espátula de bambu para retirada do excesso de cera e impurezas, pinça para auxiliar na retirada das travas, caixa contendo cera e travas, chave para retirada do pino das platinelas e chaves do estojo.
Tipos de pandeiros

Os pandeiros são normalmente classificados pela dimensão, tipo de pele e platinelas (caricas) e pela sua função.

Os tamanhos variam entre 10″ e 14″, usando-se normalmente um pandeiro de 12″ como um valor standard. Em regra quanto maior o pandeiro, mais som produz, mas também mais difícil é de tocar, devido ao peso acrescido. No entanto compensa começar por um pandeiro maior, para “ganhar braço” (normalmente se você aprende a tocar num de 12” depois toca em qualquer um, mas se começares por um de 10”, embora pareça mais fácil ao início, terás dificuldade em se adaptar a um pandeiro maior mais tarde).
som do pandeiro depende de uma combinação de fatores: os materiais usados, a grossura do aro, o tipo de pele, o material e combinação de platinelas, e claro da afinação. Somente tocando um pandeiro depois de bem afinado é que podemos saber o som que ele consegue dar.
As peles usadas podem ser: pele normal sintética (mais comum para samba, produz pouco som, poucos graves), pele dupla sintética, normalmente com holograma (mais adequada a pagode pois permite sons mais graves e secos) e ainda pele natural. A pele natural é muito agradável de tocar, quer pelo ressalto acrescido da pele, quer pelo efeito de “surdo” que permite, devido à reverberação da pele animal. Um pandeiro de 10″ ou 11″ com pele natural é sensacional icon smile Quais são os tipos e marcas de Pandeiro?
As peles sintéticas têm sempre demasiadps harmônicos agudos, por isso normalmente qualquer pandeiro soa melhor (isto é, mais grave e seco) se levar um bocado de fita isolante por dentro ou por fora da pele. Os desenhos usados têm mais a ver com gosto pessoal do que propriamente com a acústica, mas podem irradiar do centro de forma simétrica para acompanharem a vibração natural da pele. Outras pessoas colam quadrados de fita de tamanhos variados, em algumas zonas do pandeiro. Enfim, são preferências.
As platinelas podem variar muito em termos de sonoridade. Aparentemente existem duas combinações: três pratos – dois exteriores e um central (normalmente prateados), ou cinco pratos – em que além dos três anteriores existem dois externos menores (normalmente dourados). Os materiais usados são muito importantes, resultando em intensidades de som muito diferentes (em geral quanto mais som produzirem, melhor). Também existem pandeiros com platinelas duplas, isto é dois conjuntos um acima do outro, mas são mais para o show, até porque fica demasiado largo para outra coisa que não seja girá-lo na ponta do dedo.
Em termos de marcas só interessam as brasileiras, afinal é por aqui que sabemos tocá-los e fazê-los. Existe uma variedade de pequenas marcas de boa qualidade, como “O Profissional”, e também artesãos especializados que produzem verdadeiras obras de arte. Marcas como Contemporânea e RMV são as ditas profissionais, agora você encontra outras marcas nacionais para pandeiros mais baratos e também de boa qualidade, como a Izzo, por exemplo.
A Contemporânea tem provavelmente os melhores de 12”, é uma linha de grande qualidade.Finalmente a função, ela tem a ver com o gênero a que se destina. Um pandeiro para samba tem que ser grande para dar bastante som, mas não precisa de pele muito sonora. Ao contrário, um pandeiro para pagode precisa não só de platinelas que soem bem, como de uma pele mais grossa que dê sons graves e secos. Para choro usa-se mais a pele natural, e, por exemplo, para capoeira convém que as platinelas tenham imensas folgas, para chacoalharem bastante.





Alguns Benefícios de aprender um instrumento musical

"a música produz um tipo de prazer que a natureza humana não pode prescindir " essa frase foi dita por Filosofo Chines ...


1. Aumenta a capacidade de sua memóriaUma pesquisa mostrou que tanto ouvir música, quanto tocar um instrumento musical, estimulam o seu cérebro e pode aumentar sua memória. Um estudo foi feito em 22 crianças da idade 3-4 anos que receberam ou aulas de canto ou aulas de teclado. Ao contrário, um outro grupo de 15 crianças não recebeu aulas de música. Ambos os grupos participaram das mesmas atividades pré-escolares. Os resultados mostraram que as crianças pré-escolares que receberam aulas de teclado semanais melhoraram suas habilidades de espaço-temporal de 34 por cento a mais do que as outras crianças. Não só isso, mas os pesquisadores disseram que ainda há efeitos a longo prazo. 


2. Refina a sua gestão de tempo e habilidades organizacionais
Aprender a tocar um instrumento exige que você realmente aprenda a ser organizado e de gerir o seu tempo com sabedoria. Um bom músico sabe que a qualidade do tempo de prática é mais valiosa do que a quantidade. Para que um músico possa progredir mais rápido, ele deve aprender a organizar seu tempo de maneira prática e ainda definir metas, fazendo uso eficiente do tempo.


3. Desenvolver a competência de: Trabalho em Equipe
Saber trabalhar em equipe é um aspecto muito importante para ser bem sucedido na vida. Tocar um instrumento exige que você trabalhe com os outros para fazer música, ou mesmo aprender. Em bandas e orquestras você deve aprender a cooperar com as pessoas ao seu redor. Além disso, para que um grupo consiga executar uma música de maneira perfeita, cada músico deve aprender a ouvir o outro e tocar junto.


5. Melhora a sua coordenação
A arte de tocar um instrumento exige muita coordenação olhos-mãos-dedos-pulsos-movimentos-braços. Ao ler as notas musicais em uma página, o seu cérebro, subconscientemente deve converter essa nota em padrões motores específicos, dispondo também de respiração e ritmo.
 

TUDO ISSO E MUITO MAIS .....

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

História do Acordeon


O Acordeon: Em bom português podemos chamá-lo de Acordeão, ou como nossos Hermanos Argentinos, Acordeón, ali do lado os Gaúchos chamam de Gaita mesmo, já os nordestinos, criativos como sempre, inventaram talvez o nome mais popular em nosso belo país, a Sanfona.
A Origem
Foi há aproximadamente 2.700 anos antes de Cristo, que foi inventado na China um instrumento denominado Cheng. Que era uma espécie de órgão portátil tocado pelo sopro da boca. Tinha a forma de uma Fanix (aquela ave mítica que renasce das cinzas), que os chineses consideravam o imperador das aves. O Cheng era dividido em 3 partes:
1. Recipiente de ar
2. Canudo de sopro
3. Tubos de bambu
Olhando de longe, o recipiente de ar parece o bojo de um bule de chá. O canudo de sopro tem a forma de um bico de bule ou do pescoço de um cisne. A quantidade dos tubos de bambu variava, porém, a mais usada é a de 17. Interessante é que destes 17 tubos de bambu , 4 não têm a abertura em baixo para entrada do ar, são mudos, são colocados somente por uma questão de estética. Na parte superior do recipiente de ar ou reservatório de ar, existem as perfurações onde são fixados os tubos de bambu e em cada tubo é colocado a lingueta ou palheta, para produzir o som. Este recipiente (espécie de cabaça ) é abastecido constantemente pelo sopro do musico, que tapa com as pontas dos dedos os pequenos orifícios que existem na parte inferior de cada tubo. De acordo com a musica a ser executada ele vai soltando os dedos, podendo formar até acordes. Em cada tubo de bambu há um caixilho próprio para ser colocada a lingueta, presa por uma extremidade e solta na outra , que vibra livremente quando o ar comprimido a agita.
O Cheng é o percursor do Harmónio e do Acordeon, pois foi o primeiro a ser idealizado e construído na família dos instrumentos de palheta.
Bem mais tarde, com a escala cromática, foi realmente que acordeon (ou pelo menos o mais próximo do que conhecemos hoje) teve sua forma melhorada, pode produzir qualquer melodia ou harmonia e inúmeros fabricantes o aperfeiçoaram colocando registros, tanto na mão direita com na esquerda, para maior variedade de sons. Ah, e não podemos deixar de falar que é na Itália em que se fabricam os melhores acordeões, tendo sido os primeiros construídos em 1863 em Castelfidardo, em Ancona, surgindo depois Paolo Soprani e Stradella-Dellapé. Nos EUA há diversas fábricas, sendo a marca Excelsior a mais famosa. Na Alemanha foi construído o primeiro Acordeon em 1822, em Berlim, e daquele país vem a famosíssima marca Hohner.
Bem, resumidamente são estas as origens do Acordeon, o belo instrumento que vem sendo constantemente aperfeiçoado pelos fabricantes que, entusiasmados com sua grande aceitação, procuram melhorá-lo, não só na parte mecânica como também na sonoridade.

O Acordeon no Brasil
O primeiro Acordeon que chegou ao Brasil chamava-se concertina (Acordeon cromático de botão com 120 baixos). O Acordeon tornou-se popular principalmente no nordeste, centro-oeste e sul do Brasil. Os primeiros gêneros (fado, valsa, polca, bugiu, caijun etc.) retratavam o folclore dos imigrantes portugueses, alemães, italianos, franceses e espanhóis.
Porém, no Nordeste (onde o acordeon é conhecido como sanfona), desde o início do século XX, mais precisamente com a construção da malha ferroviária brasileira pelos ingleses, deu-se início a um novo ritmo, o forró, característico do nordeste brasileiro, no qual um dos principais instrumentos musicais é o Acordeon.
No Rio Grande do Sul, o acordeon é mais conhecido como gaita, e a gaita-ponto (acordeon diatônico) também é conhecido como gaita-botoneira, gaita de botão ou simplesmente botoneira. No sul, especialmente no Rio Grande do Sul, devido ao fato de sua música tradicionalista, ter a gaita como majestade e rainha dos bailes, o instrumento ficou muito conhecido, logo, grandes nomes surgiram, que também foram precursores da música gaúcha, como Adelar Bertussi, Albino Manique, Edson Dutra, Porca Véia, Renato Borghetti, dentre outros.

Como Funciona um Acordeon?
Há dois tipos de acordeon, o diatônico ou piano e o cromático, apresentando botões dos dois lados, sendo que no lado direito a disposição dos botões segue a ordem das escalas cromáticas. Além desses tipos, hoje existe o acordeon de baixo solto que é construído com o campo esquerdo do piano, sendo possível formar acordes mais sofisticados.
O instrumento consiste em duas caixas retangulares dispostas em posição vertical ligadas entre si por um fole de cartão plissado. Dentro das caixas estão as palhetas que, acionadas pela agitação de dois tipos de teclado, emitem som pela vibração da passagem do ar que é empurrado através dos movimentos do fole. O peso do acordeom pode variar de dois a dezesseis quilos

O que são os Baixos?
Os baixos são botões tocados com a mão esquerda que exercem função ou de baixo (como a tuba numa banda ou a mão esquerda em uma valsa para piano), tocando notas e acordes, num ritmo determinado pelo estilo de música (podem também ser pisados o baixo e o acorde simultâneamente para exercer a função do teclado em uma banda de rock) ou de baixo-livre (como os pedais em um órgão), mais usado em peças clássicas e dobrados.

E os Registros?
Registos são teclas que modificam o som, alternando quais oitavas são tocadas. Localizam-se acima das teclas, no caso do teclado ou então pŕoximos ao fole ou na parte de trás do Acordeon, no caso dos baixos. Os registros mais comuns são: Master (obrigatório, sendo o registo principal, com o som de Acordeon), Bassoon, Piccollo, Musette, Clarinete, Bandoneon, órgão, Violino, Flauta, Flautim, Oboé, Saxofone entre muitos outros, podendo ter até mais de 30 Teclas (repetindo alguns registros para melhor alcance durante a execução da música).








TECLADO MUSICAL !!!


A História das Teclas

Entre os mais antigos instrumentos de teclas, os irmãos mais velhos dos Teclados Musicais, estão o órgão, o clavicórdio e o cravo. Desses, o órgão é, sem dúvida o mais antigo, aparecendo no século 3 A.C, chamado de hydraulis. Desde que foi inventado até o século XIV, o órgão permaneceu como o único instrumento de teclas. Porém, algumas vezes, o órgão não possuía teclas, mas botões e alavancas que eram operados com a mão. Quase todo o teclado até o século XV tinha sete notas naturais (sem sustenidos ou bemóis) em cada oitava.

O clavicórdio e o cravo apareceram no século XIV, sendo o clavicórdio provavelmente o mais antigo. Durante o seu desenvolvimento, uma tecla Si bemol foi acrescentada para remediar o trítono entre o fá e o si, e outros semitons foram acrescentados. O clavicórdio e o cravo foram muito utilizados até que a adoção generalizada do piano a partir do século XVIII, após o quê, sua popularidade decresceu.

Enfim chegamos no irmão do meio, o Piano revolucionou os instrumentos de teclas, porque o pianista poderia variar o volume (ou dinâmica) variando o vigor com que cada tecla é pressionada. O nome completo do piano é “gravicèmbalo con piano e forte” significando “cravo com suave e forte” mas pode ser encurtado para “piano-forte”, que significa suave-forte em italiano.


O Ondas Martenot



Os instrumentos de tecla sofreram desenvolvimento no século XX. Mas foi no início deste século, mais precisamente em 1928 que foi inventado talvez o primeiro Teclado Musical Eletrônico, o Ondas Martenot (foto ao lado), ou ondium Martenot, considerado como o primeiro Instrumento de teclas eletrônico que pôde ser chamado de Teclado.

O Ondium Martenot, produzia um som ondulante com válvulas termiônicas de frequência oscilatória. O Ondas Martenot foi usado por vários compositores, em especial Olivier Messiaen, que o usou para a sua obra “Fête des Belles Eaux”, escrita para a Feira Mundial Internacional de 1937 em Paris.


Os Teclados Eletrônicos

Apesar disso, os Orgãos Eletrônicos foran os primeiros instrumentos totalmente eletrônicos da história, desenvolvidos no final do século XIX. Eles usavam um oscilador e divisores de frequência junto com uma rede de filtros para produzir formas de ondas.

Desde então, muito esforço foi sendo despendido na busca de um instrumento que soasse como o piano mas sem o seu peso e tamanho. O piano elétrico e o piano eletrônico foram os esforços iniciais que não foram bem sucedidos na época.



Porém, nos anos 60 houve um significativo desenvolvimento dos teclados sintetizadores, que aliás continua até hoje, provavelmente os primeiros Teclados Musicais que reproduziram satisfatoriamente o timbre de um Piano e sons de outros instrumentos. Um dos primeiros sintetizadores mais notáveis foi o gigante Moog (foto ao lado), que utilizava um circuito analógico. Com o tempo, os sintetizadores digitais se tornaram comuns.

Teclados com gravador de fita foram inventados nos anos 1940 e ganharam popularidade em fins dos anos 1960 e nos anos 1970. O exemplo mais conhecido é do Mellotron. Estes instrumentos se tornaram obsoletos com a invenção dos samplers capazes de repetir samples em qualquer altura.



Tudo Sobre Violão !!


Como surgiu o nome “Violão”? 

Em outros países de língua não portuguesa o nome do Violão é guitarra, como pode se ver em inglês (Guitar), francês (Guitare), alemão (Gitarre), italiano (Chitarra), espanhol (Guitarra).

Aqui no Brasil especificamente quando se fala em guitarra quer se denominar o instrumento elétrico chamado Guitarra Elétrica. Isso ocorre porque os portugueses possuem um instrumento que se assemelha muito ao Violão e que seria atualmente equivalente á nossa “Viola Caipira”.

A Viola portuguesa possui as mesmas formas e características do Violão, sendo apenas pouco menor, portanto, quando os portugueses se depararam com a guitarra (Espanhol), que era igual a sua viola sendo apenas maior, colocaram o nome do instrumento no aumentativo, ou seja, Viola para Violão.




A Origem do Violão

Na antiga Babilônia arqueologistas encontraram placas de barro com figuras seminuas tocando instrumentos musicais, muitos deles similares ao violão atual (1900-1800 a.C). Um exame mais detalhado nos mostra que há diferenças significativas no corpo e no braço.

O fundo é chato, portanto sem relação com o alaúde, de fundo côncavo. As cordas são pulsadas pela mão direita, mas o número de cordas não é preciso mas em algumas placas pelo menos duas cordas são visíveis. Indícios de instrumentos similares ao violão foram encontrados em cidades como Assíria, Susa e Luristan.

EGITO: O único instrumento de cordas pulsadas era a HARPA de formato côncavo que depois foi acrescentada de um braço com trastes cuidadosamente marcados e cordas feitas de tripa animal. Pouco tempo depois estas características se combinariam e evoluíram para um instrumento ainda mais próximo do violão.

ROMA: Instrumento totalmente de madeira surge (30 a.C-400 d.C) . O tampo que antes era de couro cru (semelhante ao banjo) agora é de madeira e possui cinco buracos. É importante frisar que nas catacumbas egípcias foram encontradas instrumentos com leves curvas características do violão.

O primeiro instrumento de cordas europeu, de origem medieval data de 300 anos depois de Cristo, e possuía um corpo arredondado que se interligava com um braço de comprimento considerável. Este tipo de instrumento foi utilizado por muitos anos e foi o antepassado provavelmente da teorba.

Há também a descrição de outro instrumento datado da Dinastia Carolingian que pode ser de origem tanto alemã como francesa.Este instrumento possuía formato retangular e seu corpo era equivalente ao seu braço.

Em ilustrações pode se observar que na “mão ” do instrumento ( de formato arredondado) se encontravam de quatro e as vezes cinco tarraxas de afinação, com um número de cordas equivalente. Este instrumento manteve seu formato e suas definições até o século quatorze.


Alaúde
Paralelamente á este instrumento, outro começou a se desenvolver. Possuía leves curvas nas laterais do corpo tornando-o mais anatômico e confortável. Descrições deste instrumento foram encontradas em catedrais inglesas, espanholas e francesas datadas do fim do século quatorze. Surgia então a guitarra.

É importante frisar que haviam distinções, como a guitarra Latina e a guitarra Morisca. A guitarra Morisca , como o nome indica, tinha origem Moura, devido a colonização da Espanha e da África do Norte.

Este instrumento possuía um corpo oval e o tampo possuía vários furos ornamentados chamados de Rosetas. Era totalmente remanescente do Alaúde, e dentro deste conceito uma série de outros modelos, com diferentes números de cordas também existiam .

Já a guitarra Latina , tinha as curvas nas laterais do corpo que marcariam o desenho já quase definitivo do instrumento. A guitarra latina ( assim como a Morisca ) gozavam de grande popularidade e gosto na Europa Medieval.


Guitarra Latina
Essa popularidade se devia principalmente a presença dos “Trovadores”, músicos de natureza nômade que com suas performances e constantes viagens enriqueceram a cultura européia e impulsionaram a popularidade e reconhecimento do instrumento.

Até a Idade Média as informações sobre a guitarra eram obtidas de maneira indireta na sua maioria, através de afrescos, pinturas e pequenas anotações da época. A partir do período Barroco, as informações sobre instrumentos em geral e sobre música são muito mais claras e precisas.

Embora não seja bem definida, pois existem segundo musicólogos várias teorias para o sua criação, como dito no início do texto, hodiernamente apresentam-se duas, citadas por Emílio Pujol na sua conferência de nome “La guitarra y su História” que ocorreu em Paris no dia 9 de Novembro de 1928, onde resolveu que:

A primeira hipótese é de que o Violão seria derivado da chamada “Khetara grega”, que com o domínio do Império Romano, passou a se chamar “Cítara Romana”, era também denominada de “Fidícula”.

Teria chegado á península Ibérica por volta do século I d.C. com os romanos; este instrumento se assemelhava á “Lira” e, posteriormente foram acontecendo as seguintes transformações: os seus braços dispostos da forma da lira foram se unindo, formando uma caixa de ressonância, a qual foi acrescentado um braço de três cravelhas e três cordas, e a esse braço foram feitas divisões transversais (trastes) para que se pudesse obter de uma mesma corda a ser tocado na posição horizontal, com o que ficam estabelecidas as principais características do Violão.

A segunda hipótese é de que o Violão seria derivado do antigo “Alaúde Árabe” que foi levado para a península Ibérica através das invasões muçulmanas, sob o comando de Tariz.

Os mouros islamizados do Maghreb penetraram na Espanha cerca de ( 711 ) e conseguiram vencer o rei visigodo Rodrigo, na batalha de Guadalete. A conquista da península ( 711-718 ), formou um emirado subordinado ao califado de Bagdá.

O Alaúde Árabe que penetrou na península na época das invasões, foi um instrumento que se adaptou perfeitamente á s atividades culturais da época e, em pouco tempo, fazia parte das atividades da côrte. Acreditava-se que desde o século VIII tanto o instrumento de origem grega como o Alaúde Árabe viveram mutuamente na Espanha.



Isso pode-se comprovar pelas descrições feitas no século XIII, por Afonso, o sábio, rei de Castela e Leão ( 1221-1284 ), que era um trovador e escreveu célebres cantigas através das ilustrações descritas nas cantigas de Santa Maria, que se pode pela primeira vez comprovar que no século XIII existiram dois instrumentos distintos convivendo juntos.

O primeiro era chamado de “Guitarra Moura” e era derivado do Alaúde Árabe. Este instrumento possuía três pares de cordas e era tocado com um plectro (espécie de palheta ); possuía um som ruidoso. O outro era chamado de “Guitarra Latina”, derivado da Khetara Grega.

Ele tinha o formato de oito com incrustações laterais, o fundo era plano e possuía quatro pares de cordas. Era tocado com os dedos e seu som era suave, sendo que o primeiro estava nas mãos de um instrumentista árabe e o segundo, de um instrumentista romano.

Isso mostra claramente as origens bem distintas dos instrumentos, uma árabe e a outra grega; que coexistiram nessa época na Espanha. Observa-se, portanto, como a origem e a evolução do Violão estiveram intimamente ligadas á Espanha e a sua história...